Em adesão aos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, o qual ocorre entre os dias 20 de novembro e 10 de dezembro, o Hospital Professor Carvalho Luz (HPCL) promoveu, na última semana, um momento de debate e reflexão acerca do tema.
Voltada a colaboradores e acompanhantes da unidade, em parceria com o Serviço de Atendimento a Mulheres Expostas a Violência Sexual do Hospital da Mulher (Serviço AME), ao longo da roda de conversa, foram feitas análises e considerações sobre a aceitação social deste tipo de abuso, a perpetuação dos ciclos de violência, além de exposto o panorama atual da violência à mulher e discutidas a legislação em vigor para proteção das mulheres, assim como as diretrizes para o tratamento deste público.
Segundo a assistente social referência do Serviço AME, Edilene Sales, eventos como este são essenciais para sensibilizar tanto a população quanto os profissionais de saúde sobre a prevenção e a urgência de enfrentar a violência direcionada às mulheres. “Todos os profissionais de saúde, inclusive aqueles que não lidam diretamente com emergências, devem estar alertas para oferecer um atendimento humanizado, de qualidade, direcionando adequadamente as mulheres em situação de vulnerabilidade para os locais corretos”, ressaltou.
A campanha pelos 21 Dias de Ativismo se inspira na ação mundial iniciada em 1991, em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria, assassinadas e submetidas a violência sexual, em 1960, na República Dominicana. No Brasil, a campanha tem início no Dia da Consciência Negra, em atenção às mulheres negras que constituem, atualmente, as principais vítimas de violências sexuais e de feminicídio no país.
“Todo o conhecimento que recebemos sobre a violência contra a mulher foi bastante esclarecedor e serviu para agregar ao meu entendimento não só como profissional, mas também como mulher”, afirmou a enfermeira Lívia Barbosa. “Este é um assunto que deve estar sempre sendo discutido e debatido devido à sua relevância para a sociedade”, concluiu.