Hospital da Mulher recebe visita técnica da PM e Secretaria de Política para as Mulheres da Paraíba

Representantes da Polícia Militar e Secretaria de Política para as Mulheres do estado da Paraíba visitaram, na manhã desta quarta-feira (5), o Serviço AME, Serviço de Atendimento às mulheres expostas à violência sexual do Hospital da Mulher.

Guiados pela diretora administrativa da unidade, Avana Cavalcante, pelo gerente de enfermagem, Lamartiny Gonçalves, e pela coordenadora de enfermagem do Serviço AME, Janiely Pereira, os representantes puderam, na oportunidade conhecer as instalações e entender o fluxo de encaminhamento na unidade.
Para Joice Borges, gerente operacional de enfrentamento à violência contra a mulher da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana da Paraíba, o HM é uma grande inspiração. “Está sendo maravilhoso conhecer o trabalho que vocês fazem aqui, que é de uma sensibilização enorme, com profissionais bastante competentes. Entendo este hospital como referência nacional. A nossa intenção é conhecer os serviços para então vermos o que podemos implantar na Paraíba também”, assegurou.

O serviço de Atendimento às Mulheres Expostas à Violência Sexual do Hospital da Mulher, o AME, localizado no Largo de Roma, em Salvador, presta atendimento 24 horas por dia, durante os sete dias na semana, a mulheres e adolescentes – a partir de 12 anos – que foram vítimas de abuso.

Como funciona?

Para acolher estas mulheres, composto por uma equipe multiprofissional com médicas, enfermeiras, farmacêuticas, assistentes sociais e psicólogas, o Serviço AME atua em parceria com o Ministério Público, o Instituto Médico Legal (IML) e a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado (SPM-BA), além de conselhos de saúde regionais. Desde a inauguração, mais de 400 mulheres foram atendidas pelo serviço.

As pacientes podem chegar ao AME por meio da chamada ‘porta aberta’ – que abrange toda a demanda espontânea do serviço –, através de órgão judicial e policial ou ainda referenciadas pela Central de Urgências do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Após passar por atendimento com médica, enfermeira, assistente social e psicóloga, este com duração em média de seis meses, a paciente é direcionada ao atendimento com uma farmacêutica. Esta profissional fará a dispensação da profilaxia pós-exposição, um tratamento com terapia antirretroviral para evitar a sobrevivência e multiplicação do vírus HIV, além de administrar outros medicamentos para prevenir doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis e gonorreia. A pílula do dia seguinte também é indicada caso ainda não tenham decorrido 72 horas do abuso sexual.

Violência sexual

Conforme o Art. 7º da Lei Maria da Penha, a violência sexual é entendida como qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.

Também é considerada violência sexual atos que a induzam a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.

 

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