Em parceria com Organização Pan-Americana de Saúde, SESAB e Hospital da Mulher realizam visita técnica à Rede de Atenção às pessoas expostas à violência sexual do Paraná  

Através de parceria com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), representantes do Serviço de Atenção às mulheres Expostas à Violência Sexual do Hospital da Mulher, o Serviço AME, realizaram na quinta (26) e sexta-feira (27) visita técnica à Rede de Atenção às pessoas vítimas de violência sexual do estado do Paraná.

A diretora da Gestão do Cuidado (DGC – Sesab), Liliane Mascarenhas, o diretor de Gestão de Serviços de Saúde (DGESS – Sesab), Júlio Musse, a diretora administrativa do Hospital da Mulher, Avana Cavalcante e a coordenadora médica do Serviço AME, Lorena Marchesini, estiveram presentes na ocasião, que oportunizou a troca de experiência entre expertises dos dois estados.

Conforme Júlio Musse, a experiência da Rede do estado do Paraná poderá contribuir no fomento à melhor estruturação da linha do cuidado, considerando que o estado possui serviços regionalizados, articulados e reconhecidos a nível nacional. “Diante do pioneirismo no estado da Bahia através do Serviço Ame do Hospital da Mulher, iremos ampliar a qualificação das equipes de enfermagem, médica e psicossocial com o objetivo de regionalizar as ações de saúde para pessoas em situação de violência do Estado da Bahia”.

De acordo com Liliane Mascarenhas, essa ação consiste em desenvolver as políticas de atenção integral à saúde, em articulação com os diversos atores como as Redes Regionais de Saúde, as Secretarias de Saúde, Segurança Pública (SSP-BA) e Políticas para as Mulheres (SPM-BA). “Desta forma buscamos uma organização da rede com fluxos que permitam o caminhar do usuário de forma a garantir o acesso necessário e oportuno nos espaços de atenção no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) da Bahia”.

A Rede no Paraná

O Estado do Paraná, através do Hospital das Clínicas, implantou o primeiro Serviço de Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual em 1997. Hoje, são referência estadual, além do Hospital das Clínicas, o Hospital Pequeno Príncipe e o Hospital Universitário Evangélico.

Para a referência da área técnica de atenção às pessoas em situação de violência do Estado do Paraná, Carla Konieczniak, através das ações estratégicas e do diálogo, é possível alinhar fluxos, encaminhamentos e construir ações em rede. “Foi através de parcerias, troca de experiências, ações inter setoriais e com a participação da sociedade civil, que coletivamente foi construída a Rede de Atenção às pessoas em situação de violência sexual no nosso Estado”, exemplificou.  “Encontro como este que tivemos com a Secretaria de Estado da Saúde da Bahia enriquecem a trajetória e nos motivam a continuar trabalhando na busca pela promoção da saúde, prevenção às violências e integralidade do cuidado das pessoas em situação de violência sexual”.

Serviço AME

Referência na Bahia, o Serviço AME é composto por equipe multiprofissional com médicas, enfermeiras, farmacêuticas, assistentes sociais e psicólogas. Atua em parceria com o Ministério Público, o Instituto Médico Legal (IML) e a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado (SPM-BA), além de conselhos de saúde regionais.

As pacientes podem chegar ao AME por meio da chamada ‘porta aberta’, sem necessidade de agendamento prévio, através de órgão judicial e policial, Instituto Médico Legal (IML), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Delegacia Especial de Atenção à Mulher (DEAM), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Central Estadual de Regulação da Bahia (CER-BA).

Após passar por atendimento com médica, enfermeira, assistente social e psicóloga, este com duração em média de seis meses, a paciente é direcionada ao atendimento com uma farmacêutica. Esta profissional fará a dispensação da profilaxia pós-exposição, um tratamento com terapia antirretroviral para evitar a sobrevivência e multiplicação do vírus HIV, além de administrar outros medicamentos para prevenir doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis e gonorreia. A orientação é de que o primeiro atendimento médico seja feito em até 72 horas após o abuso sexual.

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