Apesar de se manifestar, em sua maioria, de forma silenciosa, o câncer de colo do útero é o terceiro tipo mais incidente em mulheres no Brasil, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Diante deste cenário, a campanha Março Lilás tem como principal objetivo lembrar e conscientizar o público feminino sobre a importância da prevenção à doença que, se diagnosticada e tratada em fase inicial, pode ter 100% de chances de cura.
Também chamado de câncer cervical, o câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), os quais provocam alterações celulares que podem evoluir para o câncer.
Nos casos mais avançados, os sintomas podem incluir sangramento vaginal de forma intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal alterada e dor abdominal, além de problemas urinários ou intestinais.
O exame Papanicolau é a principal forma de detecção da doença, que também pode ser diagnosticada através de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. De acordo com o último do INCA (2022), no entanto, 45,1% das brasileiras entre 25 e 64 anos nunca realizaram o exame preventivo de câncer de colo de útero por não acharem necessário.
Ainda de acordo com o INCA, para o ano de 2023 foram estimados 17.010 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres. “Abordar o assunto e tentar conscientizar as mulheres é fundamental para mudarmos esse cenário, já que o diagnóstico tardio é comum e cerca de 35% dos casos resultam em morte”, afirma o coordenador do Serviço de Oncoginecologia do Hospital da Mulher, Adson Neves.
Desde a inauguração do Serviço de Oncologia Clínica, em 2018, o Hospital da Mulher oferta tratamento completo para a doença que representa uma média de 27% dos tratamentos realizados no Serviço, antecedido apenas pelo tratamento para câncer de mama (60%). Ao todo, mais de 130 mil atendimentos médicos já foram realizados pelo Serviço.