Usada como a principal forma de correspondência séculos atrás, a carta ainda é carregada de significados e sentimentos, sobretudo se trocada entre pessoas queridas. Diante das restrições de visita e da necessidade de isolamento devido ao novo coronavírus (Covid-19), o Serviço de Psicologia do Hospital da Mulher encontrou na utilização da correspondência escrita uma forma de estreitar a distância e também auxiliar no enfrentamento do processo de hospitalização das pacientes internadas.
Josefa de Jesus Santos foi uma das pacientes que tiveram a surpresa de receber cartas. Acompanhada da equipe multiprofissional na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Josefa celebrou o dia do seu aniversário e, junto à mensagem enviada pelos familiares, um cartaz com fotografias lembrou a importância da data e do vínculo também durante a hospitalização. “Gostei demais da surpresa!”, contou Josefa, carinhosamente chamada pela equipe de “Zefinha”.
Conforme a coordenadora de Psicologia do Hospital da Mulher, Mariana Britto, o cuidado com a saúde emocional dos que estão inseridos no atual contexto de pandemia se torna ainda mais relevante e, para tanto, o fortalecimento dos recursos internos para a travessia deste momento se torna fundamental. “Por isso a gente pensou nessa ação em que a família traz uma carta – que a gente pode plastificar, higienizar e trazer para a paciente com todo o cuidado -, para aproximar a família da paciente nesse dia tão importante”, concluiu Mariana.