Pacientes, acompanhantes e profissionais da Casa de Apoio do Hospital da Mulher participaram de uma roda de conversa conduzida pelo Serviço de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Sexual (Serviço AME). O encontro teve como foco ampliar o conhecimento sobre os diferentes tipos de violência contra a mulher, conforme definidos pela Lei Maria da Penha, e promover a conscientização sobre a importância de romper o ciclo da violência.
A ação faz parte das atividades promovidas durante o mês de agosto, em alusão à campanha nacional Agosto Lilás, com destaque para a explicação detalhada sobre os cinco tipos de violência previstos na legislação: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Segundo a assistente social Aline Cerqueira, do Serviço AME, este tipo de diálogo é essencial para garantir que a informação chegue a todas as mulheres, especialmente àquelas em situação de vulnerabilidade. “Falamos da campanha, sim, mas o foco principal foi tornar mais claro o que a Lei Maria da Penha prevê. Muita gente ainda pensa que violência contra a mulher é só a agressão física. Mas a violência psicológica, por exemplo, está presente em relações abusivas e muitas vezes é invisibilizada. A violência patrimonial também, quando o agressor retém documentos, dinheiro ou destrói bens da vítima. E tudo isso é crime”, explicou.
A profissional também destacou a importância da escuta ativa e do acolhimento oferecido pelo AME, serviço especializado do SUS voltado ao atendimento de mulheres em situação de violência sexual. “Além de informar, também reforçamos que essas mulheres não estão sozinhas. Existe uma rede de apoio, como o próprio Serviço AME, que oferece acolhimento, acompanhamento psicológico, médico e social”.
Para Arlinda de Jesus, paciente da Casa de Apoio vinda do município de Ribeirão do Pombal, a conversa foi esclarecedora. “Foi muito bom esse momento, porque apresentou violências que a gente tem que saber e passar a reconhecer. Conhecendo mais, vou poder levar essa informação para outras pessoas”, concluiu.